Publicado por: Wally | Terça-feira, Agosto 18, 2009

O novo Cine Vita

cinevitaAbandono aqui o WordPress para começar uma nova aventura.
E esta é uma oferta que vocês não podem recusar.

Publicado por: Wally | Sábado, Agosto 15, 2009

O Corajoso Ratinho Despereaux

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“O Corajoso Ratinho Despereaux” começa como uma fábula e termina como um exercício frustrado. A animação, baseada em livro de Kate DiCamillo (Meu Melhor Amigo), tem seus charmes e inspirações, mas definha diante de uma narrativa frívola, personagens vagos e um senso de aventura inibido. Felizmente, porém, sua estética é encantadoramente bela, e nos fisga mesmo quando a história entra em devaneios maçantes. Apesar de ser uma obra animada digitalmente, a estética possui um tradicionalismo e uma luminosidade que não faz transparecer tal fato. A meticulosidade de cenários, elementos em tela e cores etéreas entregam à animação um clima especial. De fato, é tudo muito bem desenhado, e envolve pelo talento aqui realçado com dignidade. E o tradicionalismo elegante apenas o ajuda a se destacar do resto de animações produzidas anualmente, que buscam o extravaso digital.

O enredo da história é um deleite: Depois que um rato acidentalmente causa a morte da Rainha, o Rei entra em luto e bane todos os ratos da vila, que agora são forçados a viver na escuridão. Neste meio, surge Despereaux, um camundongo que desafia o povo de sua comunidade ao ser desafiador e em nada cauteloso. Ele é banido depois que faz amizade com a Princesa do castelo, e vai parar nos esgotos, onde encontra Roscuro, o rato que matou a Rainha. Juntos, planejam tirar a vila do luto e instaurar novamente a felicidade. É um conto afável e que ganha créditos a mais com a entrada da curiosa personagem de uma servente, criando um contraponto interessante. A questão é que, por mais charmosa que a história possa ser (e os livros devem ser ótimos), a narrativa não é. Os roteiristas não ousam e não fogem do usual ao contar a história. Por um lado, o tom maduro favorece, mas de outro, a falta de desenvoltura cansa.

Em parte, a culpa se deve aos diretores, Sam Fell (Por Água Abaixo) e Robert Stevenhagen (em sua estréia), que colocam a suntuosidade na estética mas não na condução. A magia está lá, mas ela raramente vem á tona. Então soa como se os elementos virtuosos da obra ficam presos sob camadas de descaso e preguiça. A obra pertencia anteriormente à Sylvain Chomet (As Bicicletas de Belleville), mas as idéias mais sombrias não agradaram ao estúdio. Os novos cineastas não isolam totalmente a idéia de uma abordagem menos “alegre”, e a animação muitas vezes agrada mesmo pelo caminho diferenciado que toma. Mas, de que adianta ousar em um aspecto se o usual for mantido em excesso em outro? O irregular acaba por se predominar, no final das contas.

A animação, que foi um fracasso de bilheteria, conta com um elenco estrelar na dublagem original, começando pela oportuna dublagem de Sigourney Weaver (Uma Mãe para Meu Bebê), passando pelas vozes divertidas de Matthew Broderick (Bee Movie – A História de uma Abelha), Dustin Hoffman (Kung Fu Panda), Kevin Kline (Três Vezes Amor), Wiliam H. Macy (A Fúria), Stanley Tucci (O Vigarista do Ano), Frank Langella (Frost/Nixon) e muitos outros nomes talentosos. Se fosse um filme em live-action com este mesmo elenco, teria sido a obra do ano! Mas aqui podemos nos deliciar apenas pelas vozes caracterizantes, e realmente inspiradas, que entregam ao projeto.

O consenso geral é que a animação fica realmente presa entre fábula e frustração. Os cineastas não foram totalmente felizes com suas escolhas e deixaram a animação vagar demais pelo desinteressante quando poderia estar a enriquecendo com os ricos elementos literários nas quais se baseia. Difícil também será conquistar o público infantil, que pode não entender o tom maduro ocasional e não ir na onda do clima tradicional. Mas depende inteiramente da aceitação quanto ao material, que por sua vez pode conter falhas mas não deixa de ter suas próprias reluzentes qualidades. O visual, como já foi dito, já é um prazer de se testemunhar. E os detalhes narrativos impressionam mais que a narrativa como um todo. A sugestão é a de que aborde a animação de forma descompromissada, e não falhe ao se concentrar apenas no que deixou a desejar, e aprecie o que de bom teve a entregar.

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The Tale of Despereaux (2008)
Direção:
Sam Fell, Robert Stevenhagen
Roteiro: Will McRobb, Gary Ross, Chris Viscardi, baseado em livro de Kate DiCamillo
Elenco: Sigourney Weaver, Matthew Broderick, Dustin Hoffman, Emma Watson, Tracey Ullman, Kevin Kline, William H. Macy, Stanley Tucci, Ciarán Hinds, Robbie Coltrane, Frances Conroy, Frank Langella, Richard Jenkins, Christopher Lloyd
(Animação, 93 minutos)

Disponibilidade | Já nas locadoras.

Publicado por: Wally | Sexta-feira, Agosto 14, 2009

Vita2009: Melhor Animação

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É bem seguro afirmar que a nova animação da Pixar (estúdio que não cessa em se reinventar constantemente), é também a minha preferida de todos os tempos. Singela, apaixonante, bela e densa, esta animação quebra qualquer paradigmas que poderiam existir em relação ao gênero, nos remete ao melhor do cinema, de Chaplin à "2001", e nos entorpece com seu senso romântico e sua urgência. Tudo construído por um roteiro original e uma direção fantástica. O visual é de tirar o fôlego. A história então, para marcar e sobreviver na história do cinema. Ficção-científica maravilhosa, romance perfeito, comédia deliciosa e animação impecável. Para a Pixar se superar novamente, terão que fazer um esforço extraordinário.

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2° Persépolis Vincent Paronnaud & Marjane Satrapi
Horton e o Mundo dos Quem! Jimmy Hayward & Steve Martino

Finalistas: [WALL•E | Persépolis | Horton e o Mundo dos Quem! | Kung Fu Panda | Madagascar 2 | Star Wars – The Clone Wars | Space Chimps – Micos no Espaço]

Exceção: É necessário ao menos cinco filmes avaliados em quatro estrelas (ou acima) para render cinco nomeações na categoria. Caso contrário, serão três.

Publicado por: Wally | Quarta-feira, Agosto 12, 2009

Vita2009: Melhor Documentário

untitled-3-1 1° Joy Division ♦ Grant Gee

Não é preciso ser fã, qualquer um que saiba o que é um bom documentário verá em “Joy Division” uma obra sensacional. Para os apaixonados pela extraordinária banda dos anos 80, o documentário funcionará de forma ainda mais ressonante. Muito bem montado, pesquisado e visualmente idealizado, o documentário investiga as origens e as influência da banda, o poder assombroso de seu vocalista suicida e traz ainda belas entrevistas com os ex-integrantes (que hoje fazem parte do New Order). Das inovações sonoras às letras sombrias, da arte do álbuns à aceitação do público, o documentário não perde um detalhe e o mantém entretido, envolvido por uma direção segura, objetiva e apaixonada.

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2° Sicko – $O$ Saúde Michael Moore 
Procedimento Operacional Padrão Errol Morris

Finalistas: [Joy Division | Sicko – $O$ Saúde | Procedimento Operacional Padrão | Rolling Stones – Shine a Light | O Aborto dos Outros]

Exceção: É necessário ao menos cinco filmes avaliados em quatro estrelas (ou acima) para render cinco nomeações na categoria. Caso contrário, serão três.

Publicado por: Wally | Domingo, Agosto 9, 2009

Star Trek

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“Star Trek” é um nome clássico, datando desde 1966 quando estreou a série de grande sucesso que durou três anos e hoje atinge status de cult. Foi só em 1977, com o sucesso inesperado de “Star Wars”, que acreditaram na força dos personagens de Trek para o cinema. E, então, em 1979 a cine-série de “Star Trek” teve início. A primeira fase, com seis filmes, durou até 1991. Três anos depois, voltou com novos personagens, durando até 2002, totalizando dez filmes no total para a série. O novo filme não é uma refilmagem, como talvez seu nome indicaria, mas uma “prequência” (do inglês prequel), ao narrar a história dos personagens icônicos que deram força à primeira fase da franquia. Uma escolha acertada por parte dos roteiristas, que agora podem iniciar uma franquia própria, que servirá tão somente como homenagem e lembrança dos Trekkers de ontem. O filme conta a história intergaláctica dos personagens que já conhecemos antes deles ingressarem na Enterprise (a famosa nave), passando pela academia até sua primeira aventura. O destaque, como não poderia deixar de ser, é a relação entre James T. Kirk e Spock, e como de inimigos construíram uma derradeira e genuína amizade. Mas isto é para o próximo capítulo. Por ora, nos deliciamos com uma introdução fantástica à uma saga memorável e emblemática por seus personagens.

A cena inicial deste “Star Trek” é impecável. O termo “ópera no espaço” ganha força bruta numa sequência de ação e emoção grandiosamente afetiva. Durante uma guerra feroz com uma nave alienígena, James T. Kirk nasce em meio à sacrifício. O diretor, J.J. Abrams (Missão: Impossível 3), pavimenta, com esta sequência, o furor do filme. E, até o término, o longa nunca perde o fôlego. Culpa de um roteiro esperto e inteligente, que acredita na força de seus personagens e a estende até o último segundo. Não só isso, mas acredita na força do drama em prol da ação. Portanto, “Star Trek” pode ser recheado de belas cenas de ação, mas este não é seu motriz, ou sua força. Mas, sim, a constante originalidade com a qual mantém uma narrativa fluída e inventiva. É fácil nos identificarmos pela história, e mais ainda criar laços com os personagens, pelo simples motivo de serem tão bem recalcados em emoções humanas fortes. O exemplo mais bruto sendo Spock, um homem que nasceu da união de uma raça alienígena (os Vulcan) com uma humana. Seu amor pela mãe e o desdém pela sua natureza quase-humana o destrói. E esta densidade especial com o qual é construído ressoa.

Alias, ressonância é um atributo que o longa possui de sobra grande parte graças ao seu elenco hábil. O diretor, inclusive, exigiu que os créditos finais listasse o elenco em ordem alfabética, valorizando o quanto é um filme de elenco. Então, apesar de Chris Pine (A Última Cartada) estar estupendo como o arrogante James Kirk, e Zachary Quinto (da série “Heroes“, em sua estréia no cinema) capturar a essencia de Spock com digna perfeição, eles não são os únicos memoráveis. Zoe Saldana (Ponto de Vista) acerta como Uhura, Karl Urban (Desbravadores) é o McCoy ideal, John Cho (Ligados pelo Crime) faz um memorável Sulu e Anton Yelchin (O Exterminador do Futuro – A Salvação) arrebenta como Chekov. Não esquecendo, claro, do hilário Simon Pegg (Chumbo Grosso), do irreconhecível Eric Bana (A Outra) e a participação gloriosa de Leonard Nimoy (o eterno Spock) numa virada genial do roteiro. Sou fascinado por filmes com viagem no tempo (e Abrams também, levando em conta “Lost), e a cine-série já tocou no tema com dois episódios memoráveis. Mas nenhum com a magnitude e a emoção da delineada por este roteiro. E conduzida com bravura por Abrams.

Em outras palavras, “Star Trek” é um belo filme de ficção-científica, e meu preferido de todos os filmes da franquia. “A Ira de Khan”, “A Terra Desconhecida” e “Primeiro Contato” são ótimos, mas existe algo tão genuíno e sóbria neste capítulo que faltou na franquia até então. Não é a parte técnica, que impressiona pelos efeitos intimidantes, fotografia magistral e efeitos sonoros arrepiantes, mas a solidez do roteiro e a segurança da direção. É um projeto conquistador. Então quando chega ao final você não importa que o filme seja, em si, uma preparação, não engatando em nenhuma aventura de verdade. Mas, como uma preparação, ele é um acerto totalmente bem sucedido. E inteligente, vale dizer. A sacada da viagem no tempo será oportuno para os roteiristas, que poderão ter liberdade daqui para frente por agora poderem seguir uma realidade alternativa. Então qualquer conflito com a saga original não trará dor de cotovelo nos fãs. Alias, se depender das extensas e divertidas referências no filme à série, os fãs ficarão é contentes.

Carregado ainda pela bela e tensa trilha de Michael Giacchino (que irritou muitos por ter deixado o tema original de fora – mas que se encontra nos créditos finais), o filme é aquele blockbuster completo. Entretenimento feroz cheio de humor, nostalgia, criatividade e personagens divertidos. Você o termina sabendo que acaba de presenciar algo digno e memorável, e já ansioso para os confins aos quais a série te levará no futuro. E, nas mãos de Abrams, estou disposto a acompanhar estes personagens à qualquer canto do universo.

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Star Trek (2009)
Direção:
J.J. Abrams
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman, baseado na série televisiva de Gene Roddenberry
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Leonard Nimoy, Eric Bana, Bruce Greenwood, Karl Urban, Zoe Saldana, Simon Pegg, John Cho, Anton Yelchin, Ben Cross, Winona Ryder
(Ficção, 127 minutos)

Disponibilidade | 4 de Novembro nas locadoras.

Publicado por: Wally | Sexta-feira, Agosto 7, 2009

Anjos e Demônios

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Quando “O Código Da Vinci” veio às telas, em 2006, ele chegou com um estrondo. O bestseller de Dan Brown havia sido lançado há pouco tempo e a polêmica acerca da obra se refletia na ansiedade quanto à versão cinematográfica que, claro, arrebentou em bilheteria. A crítica, nada receptiva, não o acolheu tão bem. De fato, o filme de Ron Howard (Frost/Nixon) tem seus inúmeros defeitos (no geral graças ao script simplório), mas a direção de Howard elevou à obra ao status de entretenimento maleável. A obra que precede o polêmico livro de Brown, “Anjos e Demônios”, acabou levando o título de sequência e chegou este ano ao cinema sem maiores polêmicas, mas com roteiro bem mais polido e intelectualmente instigante. Ao contrário de “O Código Da Vinci”, o novo filme é mais real e pé no chão, trazendo a tona conflitos interessantes acerca da religião e o papel do homem neste meio. E, por focar temas mais humanos e, de fato, mais envolventes, a obra atinge um nível consideravelmente recomendável. Só não mais por trazer vários dos habituais tropeços cometidos pelo antecessor e por ser, em suma, muito parecido em questões de estilo e condução.

Desta vez, o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) vai ao Vaticano após ser chamado para interpretar o assassinato de um físico. Langdon logo se vê, ao lado da filha da vítima, envolto em uma trama conspiratório que coloca a irmandade dos Illuminati como os suspeitos pelo assassinato e o então sequestro de quatro cardeais, logo depois da morte do Papa. O plano da irmandade, como seria de suspeitar, é o resultado do desejo de vingança à igreja, quando esta ainda residia em sua idade das Trevas. Em outras palavras, nada de polêmicas bíblicas ou verdades alternativas. A trama do filme é realmente real, e se sai bem sucedida quando investe nas implicações do título sob seus personagens. Um diálogo em especial, de um cardeal, marca: “Religião é falha porque o homem é falho”. De fato, a religião foi corrompida pelo homem, em todos os sentidos possíveis. E o filme parte desta ambição, de trazer a tona o mal que pode existir dentre o bem. E, a partir disto, inicia outro debate bastante interessante acerca do embate entre Fé e Ciência, dois opostos. E o filme então se enriquece graças à tais atribuições valiosas. É uma pena que, na maior parte das vezes, o filme nos ocupa com explosões e cenas de perseguição, quando poderia estar dando uma ênfase mais exemplificada nos temas que arrebata.

Howard traz, em síntese, os mesmos artifícios usados na condução de “O Código Da Vinci”. Tomadas longas e dramáticas, fotografia iluminada e planos abertos. No geral, nada de muito diferente. A falta de renovação na linguagem pode cansar, e o filme, correndo com quase 140 minutos de duração, pode soar inchado. Mas Howard consegue manter sua atenção, envolver e criar um clima de instigação proveitoso. A ação é bem filmada, como também é o suspense (que ganha ajuda da trilha sonora eficiente de Hans Zimmer, em trabalho muito bonito) e a obra se qualifica como um exercício em entretenimento hábil. O que pode vir a frustrar em “Anjos e Demônios” é a falta de ambição introspectiva. Ou a noção errônea de introspecção profunda. O roteiro, escrito por Akiva Goldsman (Eu Sou a Lenda) – colaborador frequente de Howard e roteirista de “O Código Da Vinci” – e revisado por David Koepp (Ghost Town – Um Espírito Atrás de Mim), traz seus atrativos como os mencionados. O livro de Dan Brown deve ser, na verdade, um ponto de partida bom. Então o roteiro parte de ótimos elementos e discussões humanas e religiosas proveitosas. O problema é que Goldsman e Koepp se contentam em tratar tais virtuosos temas de formas ligeiras, nunca os provocando até o máximo. E, quando decidem se aprofundar, soam um tanto superficiais, como na cena em que traz o Camerlengo Patrick McKenna – muito bem interpretado por Ewan McGregor (O Sonho de Cassandra) – palestrando os cardeais sobre os fundamentos da religião. Uma cena tola que é a síntese do filme. Muito bem filmada, atuada e tocando em temas interessantes de uma forma não tão esperta quanto acredita.

Além de um ótimo McGregor, que cria um personagem fascinante, temos Tom Hanks (Jogos do Poder) sem o mullet e em domínio de sua técnica. Já sua parceira de cena, Ayelet Zurer (Ponto de Vista), é lamentavelmente inexpressiva. Mas o longa traz outros dois desempenhos memoráveis, com Stellan Skarsgard (Mamma Mia! – O Filme) e, em especial, Armin Mueller-Stahl (Senhores do Crime). O elenco une-se à parte técnica como dois aspectos do filme incontestáveis em qualidade. “Anjos e Demônios” conta com bela fotografia, direção de arte exemplar, montagem eficiente e a já mencionada poderosa trilha sonora. Ron Howard é um diretor de imagem, e sua condução extrai o que há de mais belo e transcendente em locações e sequências de ação.

Se “O Código Da Vinci” funcionou graças ao entretenimento revestido sob o absurdo e na direção segura de um cineasta cheio de pompa, “Anjos e Demônios” o supera um pouco ao colocar em meio ao entretenimento gratuito aspirações de um filme sério. Mesmo que, de fato, ele nunca almeje ser um profundo conto sobre a dualidade do homem. Mas nem por isso ele não pode fingir ser. E “Anjos e Demônios” finge muito bem. Te manipula até o último momento e, no final, te faz acreditar que viu uma obra completa. Refletir sobre tudo depois que é o déficit. Então se deixe ser manipulado, e divirta-se. No final, a percepção de defeitos é inevitável. Mas leve para casa também o retrato levemente provocador do filme sobre a religião e os homens que a habitam.

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Angels & Demons (2009)
Direção:
Ron Howard
Roteiro: David Koepp, Akiva Goldsman, baseado em romance de Dan Brown
Elenco: Tom Hanks, Ewan McGregor, Ayelet Zurer, Stellan Skarsgard, Pierfrancesco Favino, Nikolaj Lie Kaas, Armin Mueller-Stahl, Thure Lindhardt, David Pasquesi
(Suspense, 138 minutos)

Disponibilidade | 2 de Setembro nas locadoras.

Publicado por: Wally | Quarta-feira, Agosto 5, 2009

Fechamento do Mês de Julho/09

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01.Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007)*
02.Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
03.O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)
04.Vidas Amargas (Elia Kazan, 1955)
05.Juventude Transviada (Nicholas Ray, 1955)*
06.Harry Potter e o Enigma do Príncipe (David Yates, 2009)
07.Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Alfonso Cuarón, 2004)*
08.Assim Caminha a Humanidade (George Stevens, 1956)

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09.Inimigos Públicos (Michael Mann, 2009)
10.Control (Anton Corbijn, 2007)*
11.Sorrisos de uma Noite de Amor (Ingmar Bergman, 1955)
12.Koyaanisqatsi (Godfrey Reggio, 1982)
13.Gran Torino (Clint Eastwood, 2008)
14.Harry Potter e a Ordem da Fênix (David Yates, 2007)*
15.Harry Potter e o Cálice de Fogo (Mike Newell, 2005)*
16.Nick & Norah – Uma Noite de Amor e Música (Peter Sollett, 2008)
17.Harry Potter e a Pedra Filosofal (Cris Columbus, 2001)*
18.A Vida Num Só Dia (Bharat Nalluri, 2008)
19.O Closet (Francis Veber, 2001)
20.Gomorra (Matteo Garrone, 2008)

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21.Trama Internacional (Tom Tykwer, 2009)
22.Charlie – Um Grande Garoto (Jon Poll, 2007)
23.Nossa Vida Sem Grace (James C. Strouse, 2007)
24.Harry Potter e a Câmara Secreta (Chris Columbus, 2002)*
25.Cadillac Records (Darnell Martin, 2008)
26.Era Uma Vez… (Breno Silveira, 2008)
27.Meu Encontro com Drew Barrymore (Jon Gunn, Brian Herzlinger e Brett Winn, 2004)
28.A Proposta (Anne Fletcher, 2009)
29.Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (P.J. Hogan, 2009)
30.Faça o que Eu Digo Não Faça o que Eu Faço (David Wain, 2008)
31.Território Restrito (Wayne Kramer, 2009)

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32.Coração de Tinta (Iain Softley, 2008)
33.Um Hotel Bom pra Cachorro (Thor Freudenthal, 2009)
34.The Spirit – O Filme (Frank Miller, 2008)
35.O Presente (Michael O. Sajbel, 2006)
36.A Pantera Cor-de-Rosa (Shawn Levy, 2006)*
37.Primavera Maluca (Ryan Shiraki, 2009)
38.Evocando Espíritos (Peter Cornwell, 2009)

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39.A Pantera Cor-de-Rosa 2 (Harald Zwart, 2009)
40.Alma Perdida (David S. Goyer, 2009)

→ 9 revisões (*)
→ 0 sugestões conferidas
→ 7.5 (média)

Sugestões…:

Pendentes: Entre Dois Amores (Weiner); Estamos Todos Bem (Ygor); O Homem das Estrelas (Ygor); Perseguidor Implacável (Otavio); O Expresso da Meia-Noite (Otavio); O Dorminhoco (Luis); Desconstruindo Harry (Pedro); Arizona Nunca Mais (Pedro); Dez (Hélio); Onde Fica a Casa do Meu Amigo? (Luis); Interiores (Matheus); Procura-se Amy (Vinícius); Fuga de Nova York (João Paulo); O Oposto do Sexo (Marco); Manderlay (Alex); A Felicidade Não se Compra (Ibertson); À Beira da Loucura (João Paulo); Morangos Silvestres (Luis); Túmulo dos Vagalumes (Luciano); Jogos e Trapaças (Lucas); Quando Homens são Homens (Lucas); O Pagamento Final (Lucas); Scarface (Red Dust). [23 totais]

Cena do Mês
SANGUE NEGRO – “Batismo”

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