Publicado por: Wally | Segunda-feira, Dezembro 29, 2008

O Melhor Amigo da Noiva

Thomas Bailey encontrou por acidente com Hannah na adolescência e, desde então, após o encontro desastroso, se tornaram grandes amigos, melhores por sinal. Já adultos, ambos se vêem decididos na vida, bem sucedidos e, prestes à confessar seu amor por Hannah, Thomas é surpreendido pelo anúncio de casamento dela, que se apaixonou por um estrangeiro. Hannah pede Thomas para ser sua “madrinha”, e este apenas concorda quando vê uma possibilidade de avacalhar a cerimônia e se confessar de vez para ela.

Agradável. É esta palavra que pode, dependendo do seu humor, definir a sessão de “O Melhor Amigo da Noiva”. Como o recente “Jogo de Amor em Las Vegas“, percorre o mesmo caminho que tantos antes dele e não traz o mesmo peso cômico que o mencionado, mas agrada e é, no final das contas, tão inofensivo quanto um pedaço de algodão doce. Mas se você for diabético, pode causar alguns danos. Isto é, para quem já ta cansado do gênero e das mesmas piadas e das mesmas falas e dos mesmos personagens e do mesmo final, então é um pedaço de doce perigoso. Um doce cujo sabor é extremamente parecido com o de “O Casamento do Meu Melhor Amigo” e, pior, possuem nomes muito parecidos. O déjà vu é inevitável e, sim, muito perigoso. Cautela nessa hora.

O filme traz uma trama das mais batidas e, apesar de seu início ligeiramente fora do habitual e de um ou outro diálogo mais irreverente, parece cair sempre nas mesmas armadilhas e na mesma previsibilidade corresiva. O agrado vem do cuidado à estética, dos momentos cômicos (não muitos), dos personagens afáveis (quando não estão sendo corroídos pelo roteiro) e, claro, do elenco bastante carismático. A dupla é bem charmosa. Patrick Dempsey (Encantada) envolve e, na medida do possível, faz de seu personagem um ser a mais do que o destinado pelo esquemático roteiro. Mas é muito difícil. O mesmo ocorre com Michelle Monaghan (Medo da Verdade), adorável mas limitada pelos próprios esquemas de sua personagem. Sydney Pollack (Conduta de Risco) ainda arruma um pouco de farra com seu divertido personagem, mas não tem como lastimar que esta tenha sido sua despedida do cinema. Ele merecia mais.

O elenco ainda se satisfaz com alguns outros coadjuvantes leves, que personificam os habituais amigos do suposto casal, aqueles personagens que dão suas dicas de cada lado (algo cansado já). E, fora isso, existe certo prazer a ser tirado da trilha, bastante divertida. O problema maior do filme – além da previsibilidade, claro – é que se restringe demais à seus fatores mais superficiais, e não entrega um tratamento mais aprofundado ao roteiro. E o próprio diretor acaba pecando também pela falta de personalidade, ainda que tenha seus bons momentos uma vez ou outra na pontuação do romance do casal, como ao fim.

É a nota doce ao fim que oficializa o filme como o algodão doce que é, o tornando na sessãozinha leve, descontraída e inofensiva que é. Mas aí vem a tona novamente o caso dos diabéticos, e de repetente o filme não é assim tão inofensivo. Na verdade, “O Melhor Amigo da Noiva” é um filme para ser esquecido, infelizmente. Você pode se divertir o quanto quiser o assistindo, mas é muito duvidoso que seu doce sabor tenhe vestígios no próximo dia. E, dito isso, o sabor nem é tão bom assim nem ao menos para te satisfazer completamente no ato. Ainda deixa suas amarguras, seus azedos e seus descomfortos. Realmente uma sessão passável, apesar das pequenas virtudes, e quando digo pequenas, dê muito ênfase nessa palavra.

Nota: 5,5

Made of Honor (2008)
Direção:
Paul Weiland
Roteiro: Adam Sztykiel, Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Chris Messina, Sydney Pollack, Kathleen Quinlan, Kevin Sussman, Emily Nelson, Kadeem Hardison, Busy Phillips, Whitney Cummings, Emily Nelson
(Comédia, 101 minutos)


Respostas

  1. Realmente essa sensação de dejá vu pode acabar com um filme. Em relação a “O Casamento do Meu Melhor Amigo”, também podemos citar “Vestida Para Casar” como um dos que foi livremente inspirado, mas nesse caso gostei bastante. Já com “Made of Honor” parece ocorrer o contrário, realmente deve faltar originalidade aí. Essa questão de ser agradável pode fazer com que dê uma chance ao filme no futuro, mas a presença do Dempsey no elenco não me anima nem um pouco…

  2. O filme pode ser agradável, mas é um plágio descarado de “O Casamento do Meu Melhor Amigo” com algumas diferenças para não ficar tudo muito na cara…. :-)

  3. Esse eu não vi e pelo que escreveste, nem quero ver …

  4. Vinícius, realmente “Vestida para Casar” funciona um pouco melhor, apesar de também ser um déjà vu. O filme é agradável, mas não é disso que filmes são feitos.

    Kamila, isso mesmo! Rsrsrsrs.

    Hugo, faz bem. ;)

  5. Wally, quando fui na locadora uns tempos atrás, tinha disponível este filme e “Sex and the City”, mas preferi locar o último por ter sido recomendado. Se der, verei este “O Melhor Amigo da Noiva”, que afinal, não estou ouvindo coisas boas sobre ele!

    Beijos e tenha um ótimo 2009! ;)

  6. concerteza esse filem é muitOoo bom!!
    com o Dempsey no elencoOO
    tudooO fica muitooO bom!
    assistem!
    vale a pena! :-D


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